Os letrados nas crônicas de Gomes Eanes de Zurara
DOI:
https://doi.org/10.53943/ELCV.0122_84-103Palavras-chave:
Escrita da História — crônicas, letrados, Literatura Portuguesa — século XV, Gomes Eanes de ZuraraResumo
Neste artigo discutimos como o tipo «letrado», concebido como aquele que teve acesso a uma educação de tipo superior, é tratado por Gomes Eanes de Zurara em suas crônicas, escritas no terceiro quartel do século xvportuguês. Analisamos que motivos levam Zurara a louvar ou vituperar os letrados. Por fim, tendo como base a produção historiográfica zurariana, discutimos os limites da aplicabilidade do termo «letrado» ao próprio cronista.Referências
Impressa
Afonso, L. U. (2013). A imagem do saber: As pinturas da Universidade de Lisboa em 1431. Em: H. Fernandes (coord.). A universidade medieval em Lisboa. Séculos XIII-XVI. Tinta-da-China. Lisboa
Beirante, M. A. (1984). As estruturas sociais em Fernão Lopes. Horizonte. Lisboa
Carvalho, J. (1949). Estudos sobre a cultura portuguesa do século XV. Universidade de Coimbra. Coimbra. Vol. I
Cissoko, S. M. (2010). Os Songhai do século XII ao XVI. Em: D. T. Niane (ed.). História geral da África. IV. África do século XII ao XVI. (2.ª ed. rev.). UNESCO. Brasília
Coelho, M. H. C. (1998). Clivagens e equilíbrios da sociedade portuguesa quatrocentista. Tempo, 3:121-145
Coelho, M. H. C. (2005). D. João I: O que recolheu Boa Memória. Círculo de Leitores. Lisboa
Curtius, E. R. (1957). Literatura européia e Idade Média latina. (Trad. Teodoro Cabral). Instituto Nacional do Livro. Rio de Janeiro
Dinis, A. J. D. (1949). Vida e obras de Gomes Eanes de Zurara. Introdução à Crónica dos Feitos de Guiné. Agência Geral das Colónias. Lisboa. Vol. I
Dramani-Issifou, Z. (2010). O Islã como sistema social na África, desde o século VII. Em: M. El Fasi e I. Hrbek (eds.). História geral da África. III. África do século VII ao XI. (2.ª ed. rev.). UNESCO. Brasília
Duarte, D. (1981). Leal conselheiro o qual fez Dom Eduarte rey de Portugal e do Algarve e senhor de Cepta. Em: Obras dos príncipes de Avis. Lello & Irmão. Porto
Duarte, L. M. (2015). Ceuta, 1415: 600 anos depois. Horizonte. Lisboa
Espírito Santo, A. (2009). Louvor e vitupério [da guerra] em textos latinos medievais. Actas das VI Jornadas Luso-Espanholas de Estudos Medievais. Sociedade Portuguesa de Estudos Medievais. Campo Militar de S. Jorge, Porto de Mós, Alcobaça, Batalha. 2.º vol., pp. 245-255
Farelo, M. (2013a). A universitas no labirinto: Poderes e redes sociais. Em: H. Fernandes (coord.). A universidade medieval em Lisboa. Séculos XIII-XVI. Tinta-da-China. Lisboa
Farelo, M. (2013b). Lisboa numa rede latina? Os escolares em movimento. Em: H. Fernandes (coord.). A universidade medieval em Lisboa. Séculos XIII-XVI. Tinta-da-China. Lisboa
Fernandes, A. (2007). Crónica do conde D. Duarte de Meneses de Gomes Eanes de Zurara. Estudo histórico-cultural e edição semidiplomática. Dissertação de doutoramento em Cultura Portuguesa, Departamento de Letras, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Vila Real. Vol. I. 352 pp.
Gomes, R. C. (1995). A corte dos reis de Portugal no final da Idade Média. Difel. Lisboa
Gomes, S. A. (2009). D. Afonso V: O Africano. Temas e Debates. Lisboa
Homem, L. C. H. (1990). Portugal nos finais da Idade Média: Estado, instituições, sociedade política. Horizonte. Lisboa
João I, D. (1981). Libro de monteria composto polo señor rey Don Joaom de Portugal, e dos Algarues, e señor de Ceuta. Em: Obras dos príncipes de Avis. Lello & Irmão. Porto
Le Goff, J. (1989). Os intelectuais na Idade Média. (Trad. Maria Júlia Goldwasser). (2.ª ed.). Brasiliense. São Paulo
Lobo, R. (2013). As quatro sedes do Estudo Geral de Lisboa (1290-1537). Em: H. Fernandes (coord.). A universidade medieval em Lisboa. Séculos XIII-XVI. Tinta-da-China. Lisboa
Lopes, F. (1983a). Crónica de D. João I. Civilização. Porto. Vol. I
Lopes, F. (1983b). Crónica de D. João I. Civilização. Porto. Vol. II
Maleval, M. A. T. (2010). Fernão Lopes e a retórica medieval. Editora da UFF. Niterói
Martins, A. (2013). Lisboa, a cidade e o Estudo: A Universidade de Lisboa no primeiro século da sua existência. Em: H. Fernandes (coord.). A universidade medieval em Lisboa. Séculos XIII-XVI. Tinta-da-China. Lisboa
Marques, A. H. O. (1987). Portugal na crise dos séculos XIV e XV. Presença. Lisboa
Monteiro, J. G. (1988). Fernão Lopes: Texto e contexto. Minerva. Coimbra
Monteiro, J. G. (1998). A guerra em Portugal nos finais da Idade Média. Notícias. Lisboa
Moreno, H. B. (1998). As quatro ordens da sociedade quatrocentista. Tempo, 3:107-119
Norte, A. (2013a). Lentes, escolares e letrados: Das origens do Estudo Geral ao final do século XIV. Em: H. Fernandes (coord.). A universidade medieval em Lisboa. Séculos XIII-XVI. Tinta-da-China. Lisboa
Norte, A. (2020). Os intelectuais em Portugal na Idade Média: O retrato das suas maiores figuras, de Santo António a Gil Vicente. A Esfera dos Livros. Lisboa
Pereira, F. M. E. (1915). Vida de Gomes Eanes de Zurara. Em: G. E. Zurara. Crónica da tomada de Ceuta por el rei D. João I. Academia das Sciências de Lisboa. Lisboa
Pisano, M. (1915). Livro da guerra de Ceuta escrito por Mestre Mateus de Pisano em 1460. (Trad. Roberto Corrêa Pinto). Academia das Sciências de Lisboa. Lisboa
Rebelo, A. M. R. (2009). Os números da guerra e o pragmatismo do tópico dos Macabeus nos Príncipes de Avis. Actas das VI Jornadas Luso-Espanholas de Estudos Medievais. Sociedade Portuguesa de Estudos Medievais. Campo Militar de S. Jorge, Porto de Mós, Alcobaça, Batalha. 1.º Vol. pp. 119-130
Sousa, A. (1997). 1325-1480. Em: J. Mattoso (coord.). História de Portugal. Segundo volume. A monarquia feudal. Estampa. Lisboa
Tavares, M. J. F. (1992). História de Portugal Medievo: Economia e sociedade. Universidade Aberta. Lisboa
Verger, J. (1999). Homens e saber na Idade Média. (Trad. Carla Boto). (2.ª ed.). Edusc. Bauru
Verger, J. (2001). Cultura, ensino e sociedade no Ocidente nos séculos XII e XIII. Edusc. Bauru
Viterbo, J. S. R. (1865). Elucidario das palavras, termos e frases que em Portugal antigamente se usaram e que hoje regularmente se ignoram: Obra indispensavel para entender sem erro os documentos mais raros e preciosos que entre nós se conservam. (2.ª ed.). A. J. Fernandes Lopes. Lisboa. T. I
Viterbo, S. (1901). A livraria real especialmente no reinado de D. Manuel. Academia das Sciências de Lisboa. Lisboa
Zurara, G. E. (1915). Crónica da tomada de Ceuta por el rei D. João I. Academia das Sciências de Lisboa. Lisboa
Zurara, G. E. (1973). Crónica de Guiné. (2.ª ed.). Civilização. Barcelos
Zurara, G. E. (1978). Crónica do conde D. Duarte de Meneses. Universidade Nova de Lisboa. Lisboa
Zurara, G. E. (1997). Crónica do conde D. Pedro de Meneses. Fundação Calouste Gulbenkian. Braga.
Digital
Alfonso X, D. (1807). Las siete partidas del rey D. Alfonso el Sabio, cotejadas con varios codices antiguos por la Real Academia de Historia. Partida Segunda y Tercera. [Versão eletrónica]. Imprenta Real. Madrid. T. II. Acedido em 25 de janeiro de 2021, no Web site da: Biblioteca Virtual Cervantes: https://bit.ly/3ph1y9q
Carvalho, H. C. F. A. (2011). Vir sapiens dominabitur astris: Astrological knowledge and practices in the Portuguese medieval court (King João I to King Afonso V). Dissertação de mestrado em História Medieval. [Versão eletrónica]. Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa. Lisboa. 157 pp. Acedido em 25 de janeiro de 2021, em: http://hdl.handle.net/10362/6672
Guimarães, J. S. (2019). «De qualquer outro do povo escrevera seu feito, se o achava em merecimento»: Memória e esquecimento da «gente miúda» nas crônicas de Gomes Eanes de Zurara. Tese de doutoramento em Memória: Linguagem e Sociedade. [Versão eletrónica]. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Vitória da Conquista. 527 pp. Acedido em 25 de janeiro de 2021, em: https://bit.ly/3hxlHVo
Guimarães, J. S. e Moreira, M. (2020). «Como gente temerosa e covarde, em que não há virtude nem fortaleza»: A atualização do topos do peão covarde nas crônicas de Fernão Lopes, Gomes Eanes de Zurara e Rui de Pina. Revec – Revista de Estudos de Cultura, 5: 23-38. Acedido em 25 de janeiro de 2021, em: https://bit.ly/36oafaD
Homem, A. L. C. H. (1985). O desembargo régio (1320-1433). Dissertação de doutoramento em História da Idade Média. [Versão eletrónica]. Faculdade de Letras, Universidade do Porto. Porto. 438 pp. Acedido em 25 de janeiro de 2021, em: http://hdl.handle.net/10216/13225
Norte, A. (2013b). Letrados e cultura letrada em Portugal (Séculos XII e XIII). Tese de doutoramento em História Medieval. [Versão eletrónica]. Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa. Lisboa. 708 pp. Acedido em 25 de janeiro de 2021, em: http://hdl.handle.net/10451/8941
Norte, A. (2014). Homens de letras e homens de leis ao serviço da monarquia portuguesa (séculos XII-XIII). História (São Paulo), 33: 145-170. Acedido em 25 de janeiro de 2021, em: https://www.scielo.br/pdf/his/v33n1/09.pdf
Rodrigues, A. M. (2019). A consciência de Avis: Aproximação prosopográfica dos confessores da família real portuguesa (1385-1481). En la España Medieval. 42: 181-210. Acedido em 25 de janeiro de 2021, em: https://revistas.ucm.es/index.php/ELEM/article/view/64084
Santos, M. A. P. (2015). A sociologia da representação político-diplomática no Portugal de D. João I. Tese de doutoramento em História Medieval. [Versão eletrónica]. Universidade Aberta. Lisboa. 543 pp. Acedido em 25 de janeiro de 2021, em: http://hdl.handle.net/10400.2/4461
Serrão, J. V. (1977). Cronistas do século XV posteriores a Fernão Lopes. ICALP. Lisboa
Simões, J. M. M. (2018). As representações do saber: Uma visão dos letrados nas crónicas portuguesas tardo-medievais. Dissertação de mestrado em História. [Versão eletrónica]. Departamento de História, Universidade de Évora. Évora. 108 pp. Acedido em 25 de janeiro de 2021, em: http://hdl.handle.net/10174/24520
Downloads
Publicado
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2022 Jerry Santos Guimarães
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
Os autores conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação nesta revista.
