Jorge Amado: um escritor maldito encontra a sua Lisboa, cidade proibida, cidade imaginada
DOI:
https://doi.org/10.53943/ELCV.0222_80-89Palavras-chave:
Literatura amadiana, Portugal, representações, Estado NovoResumo
Este trabalho apresenta algumas reflexões sobre a presença do escritor Jorge Amado em Portugal, tomando por norte Navegação de cabotagem (1994). Neste livro de memórias, Amado relata uma série de acontecimentos em seu convívio com intelectuais, artistas e escritores portugueses e em sua relação com a cidade de Lisboa, a qual foi marcada, inicialmente, pela proibição de entrada, ao escritor comunista, nesse país. São comentados neste artigo relatos que trazem imagens e representações enaltecedoras da cultura e do povo portugueses. Tais representações expõem um contexto político duramente afetado pelo Estado Novo, quando o governo de Oliveira Salazar disseminou um discurso de «portugalidade», estendendo-o às suas colônias ultramarinas, como forma de controle do pensamento crítico ao regime ditatorial.
Referências
Impressas
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