e-Letras com Vida — Revista de Estudos Globais: Humanidades, Ciências e Artes
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<p>A <em>e-Letras com Vida — Revista de Estudos Globais: Humanidades, Ciências e Artes</em> (e<em>-LCV</em>) é uma publicação científica semestral do Centro de Estudos Globais da Universidade Aberta (CEG/UAb), em parceria com o Instituto Europeu de Ciências da Cultura Padre Manuel Antunes (IECCPMA) e a Associação Internacional de Estudos Ibero-Eslavos (CompaRes). Visa divulgar, no endereço <a href="http://e-lcv.online/index.php/revista/index">http://e-lcv.online/index.php/revista/index</a>, estudos originais sobre Literatura, especialmente encarada na sua inscrição cultural e em diálogo com a História, a Filosofia, as Artes e as Ciências.</p> <p>A <em>e-LCV</em> contempla um dossiê temático, uma secção de artigos multitemáticos, uma entrevista, um apartado de leituras críticas e a apresentação de um projeto de investigação desenvolvido no quadro do CEG-UAb.</p> <p>Aceitam-se apenas artigos inéditos escritos por autores com o grau académico de doutor. Em caso de coautoria, pelo menos um dos autores deverá deter o doutoramento feito.</p> <p>A e<em>-LCV</em> publicará os artigos aprovados nas seguintes línguas: português, espanhol, francês e inglês.</p> <p> </p> <p>ISSN: 2184-4097</p> <p>DOI: <a href="https://doi.org/10.53943/ELCV.2018">https://doi.org/10.53943/ELCV.2018</a></p> <p><a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license"><img style="border-width: 0;" src="https://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png" alt="Creative Commons License" /></a><br />Os artigos publicados estão licenciados com <a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license">Creative Commons Attribution 4.0 International License</a>.</p>Centro de Estudos Globais da Universidade Aberta; Instituto Europeu de Ciências da Cultura Padre Manuel Antunespt-PTe-Letras com Vida — Revista de Estudos Globais: Humanidades, Ciências e Artes2184-4097<p>Os autores conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" target="_new">Licença Creative Commons Attribution</a> que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação nesta revista.</p>História Global da Economia e Gestão de Portugal
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José Eduardo FrancoJosé Paulo EsperançaJosé António Porfírio
Direitos de Autor (c) 2023 José Eduardo Franco, José Paulo Esperança, José António Porfírio
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2023-12-302023-12-301117517810.53943/ELCV.0223_175-178Apresentação
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<p>Celebramos em 2023 o centenário de dois autores que fizeram parte do grupo Os Surrealistas nos anos 40 do século passado, Cesariny e Mário-Henrique Leiria. Figuras muito marcadas pelo Surrealismo, mas com diferentes graus de persistência, torna-se óbvio pelos seus percursos que pertencem a uma ordem acima de qualquer limitação, impulsionados que são, tanto um como o outro, por aquela liberdade livre de que falava Rimbaud.</p>Fernando Martinho
Direitos de Autor (c) 2023 Fernando J. B. Martinho
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2023-12-302023-12-301171010.53943/ELCV.0223_09-10O percurso do Abjeccionismo no Discurso crítico de Mário Cesariny
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<p>O Abjecionismo tem sido uma das mais debatidas vertentes relacionadas com o percurso do movimento surrealista em Portugal. Neste texto, propõe-se uma síntese dos principais aspetos convocados por esse conceito e apresenta-se uma panorâmica de algumas etapas representativas do pensamento crítico de Mário Cesariny, nas quais se percebem diferentes interpretações do Abjecionismo. Em Cesariny, o Abjecionismo começa por ser integrado como uma componente significativa da plural manifestação surrealista em Portugal, para ser entendido, quer como expressão de uma conjuntura partilhada por autores de diferentes correntes literárias e artísticas, quer como uma via sem relações com o Surrealismo e apropriada abusivamente por Luiz Pacheco.<span class="Apple-converted-space"> </span></p>Rui Sousa
Direitos de Autor (c) 2023 Rui Sousa
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2023-12-302023-12-3011112610.53943/ELCV.0223_11-26Desenrolar o fio da pintura: Um ensaio de Mário Cesariny
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<p>Recentemente, a crítica passou a dedicar maior atenção aos ensaios de Mário Cesariny. As análises empreendidas com frequência tomam como ponto de partida apenas as produções textuais do poeta, que, no entanto, passou a ser reconhecido, primeiro, por seu trabalho visual. Este artigo propôs, na contramão do caminho que parece estar sendo percorrido, uma espécie de provocação: ler um quadro como um ensaio.<span class="Apple-converted-space"> </span></p>Amanda TraceraSofia Silva
Direitos de Autor (c) 2023 Amanda Tracera, Sofia de Sousa Silva
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2023-12-302023-12-3011273610.53943/ELCV.0223_27-36A Matemática em Mário-Henrique Leiria
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<p>A obra completa de Mário-Henrique Leiria teve nestes últimos anos (2017-2022) uma publicação na editora E-Primatur, com a curadoria de Tania Martuscelli e a edição de Hugo Xavier. Conhecendo já a existência de alguns elementos matemáticos na obra deste autor, esta tornou-se, pois, uma ocasião particularmente favorável para fazer uma recolha completa destas ocorrências, no sentido de compreender de que modos e em que termos é que Leiria compreendia o entrosamento da Matemática com a sua atividade de produção textual e gráfica. É este o assunto que propomos tratar neste artigo.<span class="Apple-converted-space"> </span></p>Pedro FreitasTania Martuscelli
Direitos de Autor (c) 2023 Pedro Freitas, Tania Martuscelli
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2023-12-302023-12-3011375610.53943/ELCV.0223_37-56Surrealismo, poesia e visualidade: Pelo universo das contra-imagens
http://e-lcv.online/index.php/revista/article/view/280
<p>Tendo como ponto de partida a obra de dois precursores da <em>revolução surrealista </em>em Portugal nos anos 40 e 50, enveredar-se-á neste ensaio por um comentário metacrítico em torno do debate sobre experimentações literárias e artísticas que rompem com modelos caducos, anulam a dissipação da distância entre lírica, narrativa e plasticidade por meio de <em>combinação medial</em>, e instabilizam a dinâmica tradicional de receção estética. A problematização do diálogo entre poesia e narrativa visual permite executar uma leitura de obras híbridas à luz de teorias oriundas do campo dos Estudos Literários e da Intermedialidade, aqui aplicada diretamente nas produções de Mário Cesariny (1923-2006) e Mário-Henrique Leiria (1923-1980), cujos centenários são celebrados em 2023.<span class="Apple-converted-space"> </span></p>Ana Isabel Santos
Direitos de Autor (c) 2023 Ana Isabel Santos
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2023-12-302023-12-3011576410.53943/ELCV.0223_57-64«Os Surrealistas», no centenário de Mário Cesariny e de Mário-Henrique Leiria
http://e-lcv.online/index.php/revista/article/view/281
<p>Procura-se neste artigo equacionar as raízes do surrealismo organizado em Portugal, na segunda metade da década de 40 do século xx, partindo para isso do diálogo entre dois jovens poetas, Mário Cesariny e Alexandre O’Neill, que estão na origem da formação do Grupo Surrealista de Lisboa (1947- -1950). Ensaia-se, ainda, perceber as tensões que estalaram dentro deste grupo, levando à demissão e à saída de Mário Cesariny e de António Domingues no Verão de 1948 e à posterior formação do grupo «Os Surrealistas» (1949-1952), que resultou do encontro com um conjunto de novas personalidades, onde se destacam Cruzeiro Seixas, António Maria Lisboa e Mário-Henrique Leiria, e deu uma renovada consistência à intervenção surrealista em Portugal.<span class="Apple-converted-space"> </span></p>António Cândido Franco
Direitos de Autor (c) 2023 António Cândido Franco
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2023-12-302023-12-3011657910.53943/ELCV.0223_65-79Para bem esclarecer as gentes que ainda estão à espera: Mário-Henrique Leiria não teve filhos, mas tem herdeira!
http://e-lcv.online/index.php/revista/article/view/282
<p>Texto anexo ao dossiê temático.</p>Tania Martuscelli
Direitos de Autor (c) 2023 Tania Martuscelli
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2023-12-302023-12-3011808310.53943/ELCV.0223_80-83Sousa, R. (2023). Do libertino. Tinta-da-China. Lisboa: 333 pp.
http://e-lcv.online/index.php/revista/article/view/287
Ernesto José Rodrigues
Direitos de Autor (c) 2023 Ernesto José Rodrigues
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2023-12-302023-12-301115816210.53943/ELCV.0223_158-162Canijo, J. (2023). «Viver mal» e «Mal viver»
http://e-lcv.online/index.php/revista/article/view/271
Rafael Pansica
Direitos de Autor (c) 2023 Rafael Pansica
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2023-12-302023-12-301116316910.53943/ELCV.0223_163-169Olstein, D. (2019). Pensar la Historia globalmente. Fondo de Cultura Económica. México: 359 pp.
http://e-lcv.online/index.php/revista/article/view/288
Milene Alves
Direitos de Autor (c) 2023 Milene Alves
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2023-12-302023-12-301117017310.53943/ELCV.0223_170-173Ficha Técnica
http://e-lcv.online/index.php/revista/article/view/274
Cristiana Lucas Silva
Direitos de Autor (c) 2023 Cristiana Lucas Silva
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2023-12-302023-12-3011«já não há culpados [,] apenas condenados» — Expressões literárias das epidemias globais
http://e-lcv.online/index.php/revista/article/view/283
<p>As marcas temporais gravadas de forma tão dolorosa na História pelas vagas epi- e pandémicas que assola(ra)m a Humanidade desde logo facilitam, mas também determinam a leitura do quanto houve ou não de expressão literária das mesmas. Este estudo panorâmico visa apresentar um olhar transversal em torno da forma como os fenómenos pandémicos são lidos e/ou usados pela literatura ao longo da História, com particular atenção ao caso português.<span class="Apple-converted-space"> </span></p>Sofia Araújo
Direitos de Autor (c) 2023 Sofia Araújo
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2023-12-302023-12-30118510210.53943/ELCV.0223_85-102O palácio de D. Gastão, no sítio do Grilo
http://e-lcv.online/index.php/revista/article/view/284
<p>Situado entre Xabregas e o Grilo, na zona oriental de Lisboa, o palácio de D. Gastão passa desapercebido aos habitantes da cidade. Com a sua fachada principal voltada para o Tejo, o edifício integrava-se numa morfologia arquitetónica típica da orla ribeirinha e da qual não se preservam muitos exemplos. As transformações introduzidas no urbanismo oriental, provocadas pela instalação de unidades fabris e de bairros de operários, pela chegada dos caminhos de ferro e, sobretudo, pela obra do aterro do Tejo, alteraram dramaticamente a linha de costa, desde Santa Apolónia ao Poço do Bispo. Não obstante, ao longo deste percurso, muitos palácios dos séculos XVII e XVIII resistiram, invisíveis ao nosso olhar, entre armazéns abandonados e ruínas industriais. O edifício referido neste texto é um exemplo paradigmático desta situação. Após ter perdido a sua ligação ao rio e sofrido o impacto da industrialização, o destino do edifício permanece incerto, integrado no princípio da reabilitação urbana que, desde finais do século XX, varreu a zona oriental da cidade.<span class="Apple-converted-space"> </span></p>Patrícia Monteiro
Direitos de Autor (c) 2023 Patrícia Monteiro
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2023-12-302023-12-301110311610.53943/ELCV.0223_103-116A expropriação dos mestres-artesãos no Portugal contemporâneo (séculos XIX-XX)
http://e-lcv.online/index.php/revista/article/view/285
<p>Neste ensaio debatemos a expropriação dos mestres-artesãos no Portugal contemporâneo, com destaque para a génese do processo na época oitocentista, durante a transição para o capitalismo em Portugal, depois de 1820. Destacamos o processo de expropriação, a dinâmica social — entre as formas históricas de trabalho pré-capitalistas e capitalistas — e, finalmente, fazemos uma análise crítica da analogia, realizada no período do Estado Novo, entre as guildas medievais e o corporativismo ditatorial da autocracia burguesa (1926-1974), defendendo que o sistema corporativo encerrava em si uma autonomia e democracia real do trabalho autorregulado na era medieval que não existiu no Estado Novo ou, via de regra, noutras fases contemporâneas, incluindo a mais recente. Neste sentido, trata-se de uma revalorização das artes e dos ofícios medievais a partir de uma perspetiva metodológica fundamentada na centralidade do trabalho vivo.<span class="Apple-converted-space"> </span></p>Raquel VarelaRoberto della Santa
Direitos de Autor (c) 2023 Raquel Varela, Roberto della Santa
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2023-12-302023-12-301111713310.53943/ELCV.0223_117-133Editorial
http://e-lcv.online/index.php/revista/article/view/275
<p>O dossiê temático desta edição de final de ano presta reverência a dois génios do Surrealismo, Mário-Henrique Leiria (1923-1980) e Mário Cesariny (1923-2006), que em 2023 completaram 100 anos. Ambos artistas multifacetados, dedicaram-se apaixonadamente à expressão artística e literária em prol da liberdade. Na secção multitemática, a diversidade impera: da expressão artística das epidemias ao património e a ensaio sobre o processo de expropriação dos mestres-artesãos<span class="Apple-converted-space"> no Portugal contemporâneo. A entrevista </span>constitui uma interlocução com os reconhecidos professores, investigadores e activistas Catherine Walsh e Walter Mignolo, ambos figuras incontornáveis no âmbito dos estudos decoloniais.<span class="Apple-converted-space"> Nas Leituras Críticas são abordadas duas obras e um díptico cinematográfico. </span>E, como é habitual, a revista abre-se ao futuro com a apresentação de um Projeto, a <em>História Global da Economia e da Gestão em Portugal.<span class="Apple-converted-space"> </span></em></p>Annabela RitaJosé Eduardo FrancoTania Martuscelli
Direitos de Autor (c) 2023 Annabela Rita, José Eduardo Franco, Tania Martuscelli
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2023-12-302023-12-30115610.53943/ELCV.0223_05-06Entrevista a Walter Mignolo e Catherine E. Walsh
http://e-lcv.online/index.php/revista/article/view/286
<p>Catherine E. Walsh (1964) tem suas primeiras experiências como ativista na Universidade de Massachussetts (Amherst), que influenciaram seus interesses acadêmicos em torno da pedagogia, da decolonialidade e do feminismo. Após obter seu doutorado em Educação em 1984, ela trabalhou na Universidade de Massachussetts em Amherst e em Boston até meados dos anos 90, quando passou a viver permanentemente no Equador. Entre suas muitas contribuições militantes, destaca-se seu trabalho ao lado de Paulo Freire e da rede de pedagogia crítica nos anos 90, os projetos de consultoria e educação bilíngue para comunidades indígenas do Equador, e a formação do <em>Fondo Documental Afro-Andino</em>, juntamente com o líder comunitário e intelectual afroequatoriano Juan García Salazar, em 2002, com quem escreveu <em>Pensar sembrando/Sembrar pensando con el Abuelo Zenón</em> (2017). Entre suas várias obras, vale ressaltar ainda a edição dos volumes coletivos <em>Pedagogías decoloniales</em> (2013), <em>On Decoloniality</em> (em parceria com Walter Mignolo, 2018) e seu mais recente trabalho, <em>Rising Up, Living Up. Re-Existances, Sowings, and Decolonial Cracks</em> (2023, Duke University Press). Recentemente, reformou-se como professora e diretora do programa de doutoramento em Estudos Culturais Latino-Americanos na Universidad Andina Simón Bolívar (Quito, Equador). </p> <p>Walter Mignolo(1941) especializou-se em Semiótica e Teoria Literária e vem contribuindo vastamente no campo da modernidade e colonialidade. Seu trabalho explora com primazia os conceitos de decolonialidade, colonialismo global, geopolítica do conhecimento, pensamento de fronteira e pluriversalidade. É uma das figuras centrais na escola de pensamento decolonial latino-americano, cujo impacto profundo se reflete no discurso acadêmico mundial. É autor de diversos livros traduzidos para outras línguas, dentre os quais se destacam, para além de <em>On Decoloniality</em>, em coautoria com Walsh, os livros <em>The Darker Side of the Renaissance: Literacy, Territoriality, and Colonization</em> (1996), ganhador do prémio Katherine Singer Kovaks, <em>The Idea of Latin America</em> (2006), ganhador do prémio Frantz Fanon e o mais recente, <em>The Politics of Decolonial Investigations</em> (2021). Trabalha na Duke University desde 1993, onde recebeu o título de distinção «William H. Wannamaker», como professor de Literatura e Estudos Românicos. </p> <p>Os trabalhos que Walsh e Mignolo desenvolvem são uma extensão do conceito de colonialidade iniciado pelo sociólogo peruano Aníbal Quijano, de quem se consideram discípulos. </p>Tania MartuscelliJonatan Cantu-GuerraDaniel Berjano RodríguezBlanca Berjano
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2023-12-302023-12-301113515610.53943/ELCV.0223_135-156