Da memória da utopia

A função autonoética dos programas comemorativos dos 500 anos da publicação de Utopia, de Thomas More, no Reino Unido, França e Portugal

Autores

  • Fátima Vieira CETAPS ― Centre for English, Translation, and Anglo-Portuguese Studies. Faculdade de Letras da Universidade do Porto

DOI:

https://doi.org/10.53943/ELCV.0118_13

Palavras-chave:

Utopia, Estudos de memória, memória exemplar, lugar de memória, função autonoética, comemoração

Resumo

Em 2016, os programas comemorativos dos 500 anos da publicação de Utopia, de Thomas More, lembraram não apenas a vida do humanista inglês, mas também a sua obra. Importa, contudo, percebermos se a memória do passado foi convocada para se compreender o passado (memória intransitiva) ou se foi utilizada para fazer entender melhor o presente e as suas futuras possibilidades (memória transitiva). O presente estudo, feito no âmbito dos Estudos de Memória, analisa os programas comemorativos realizados no Reino Unido, França e Portugal, sublinhando a importância da obra de More para a definição da identidade diacrónica de cada uma dessas nações.

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Publicado

14-12-2018

Edição

Secção

Artigos Multitemáticos