Elogios da razão: Erasmo e a paz incondicional

Autores

  • Fernando Marques Freitas CLEPUL

DOI:

https://doi.org/10.53943/ELCV.0119_14

Palavras-chave:

Literatura;, humanismo;, pacifismo;, crítica política., Literature;, humanism;, pacifism;, political criticism.

Resumo

Resumo:

Erasmo de Roterdão (c. 1466-1536) foi uma das mais importantes figuras do movimento humanista da Europa da primeira metade do século XVI. Em Elogio da loucura (1511), A guerra e Queixa da paz (ambas de 1517), o autor holandês aborda o tema da guerra, mostrando os confrontos armados como absurdos, irracionais, e fazendo a defesa incondicional da resolução negociada dos conflitos. A franqueza, a veemência e, no caso do Elogio, o humor não fazem concessões aos poderes de seu tempo. Nobres, sacerdotes e intelectuais são igualmente criticados. Ao condenar enfaticamente as guerras, o escritor, tradutor e teólogo ocupa lugar único na sua época e se revela precursor das democracias modernas. A ideia de Deus perfilhada pelo autor também será abordada.

 

Abstract:

Erasmus of Rotterdam (circa 1466-1536) was one of the most important figures of the humanistic movement of Europe in the first half of the sixteenth century. In Praise of folly (1511), The war and Complaint of peace (both 1517), the Dutch author addresses the subject of war, showing armed clashes as absurd, irrational, and making unconditional defense of the negotiated resolution of conflicts. Frankness, vehemence and, in the case of Praise, humor do not make concessions to the powers of his time. Nobles, priests and intellectuals are equally criticized. By emphatically condemning wars, the writer, translator and theologian occupies a unique place in his time and is the forerunner of modern democracies. The author's idea of ??God will also be addressed.

Referências

Bruno, G. (2016). Acerca do infinito, do universo e dos mundos. (Introd. de Victor Matos e Sá, trad. notas e bibliografia de Aura Montenegro). (7.ª ed.). Calouste Gulbenkian. Lisboa

Epicuro (2009). Cartas, máximas e sentenças. (Introd. trad. e notas de Gabriela Baião). Sílabo. Lisboa

Erasmo de Roterdão (1999). A guerra e Queixa da paz. (Introd. trad. e notas de A. Guimarães Pinto). Edições 70. Lisboa

Erasmo de Rotterdam (2004). Elogio da loucura. (Trad. de Maria Ermentina Galvão). Martins Fontes. São Paulo

Erasmo de Rotterdam (2013). Diálogo ciceroniano. (Trad. e pref. de Elaine C. Sartorelli). Unesp. São Paulo

Galilei, G. (2009). Ciência e fé: Cartas de Galileu sobre o acordo copernicano com a Bíblia. (Org. e trad. de Carlos Arthur R. do Nascimento). (2.ª ed.). Unesp. São Paulo

Lins, I. (1967). Erasmo, a Renascença e o humanismo. Civilização Brasileira. Rio de Janeiro

Moreira de Sá, A. (1977). De re erasmiana: Aspectos do erasmismo na cultura portuguesa do século XVI. Faculdade de Filosofia. Braga

Moreira de Sá, A. (1979). Três ensaios sobre Erasmo. Secretaria de Estado da Cultura. Lisboa

Osório, J. (1996). Tratados da nobreza civil e cristã. (Trad., introd. e notas de A. Guimarães Pinto). Imprensa Nacional-Casa da Moeda. Lisboa

Russell, B. (2015). História do pensamento ocidental. (Trad. de Laura Alves e Aurélio Rebello). Nova Fronteira. Rio de Janeiro

Saraiva, A. J. (2000). História da cultura em Portugal. Vol. I. Renascimento e Contra-Reforma. Gradiva.Lisboa

Downloads

Publicado

30-05-2019