«já não há culpados [,] apenas condenados» — Expressões literárias das epidemias globais

Autores

  • Sofia de Melo Araújo Escola Superior de Educação, Instituto Politécnico do Porto; CETAPS, Faculdade de Letras, Universidade do Porto, e Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa; CITCEM e ILCML, Faculdade de Letras, Universidade do Porto https://orcid.org/0000-0002-3117-9715

DOI:

https://doi.org/10.53943/ELCV.0223_85-102

Palavras-chave:

Peste, epidemis, pandemia, literatura pandémica

Resumo

As marcas temporais gravadas de forma tão dolorosa na História pelas vagas epi- e pandémicas que assola(ra)m a Humanidade desde logo facilitam, mas também determinam a leitura do quanto houve ou não de expressão literária das mesmas. Este estudo panorâmico visa apresentar um olhar transversal em torno da forma como os fenómenos pandémicos são lidos e/ou usados pela literatura ao longo da História, com particular atenção ao caso português. 

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Publicado

30-12-2023