A mundividência de Frei Luís de Granada: o programa da dignitas homini na Collectanea Moralis Philosophiae

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DOI:

https://doi.org/10.53943/ELCV.0224_140-158

Palavras-chave:

Frei Luís de Granada, Genus sententiarum, Collectanea moralis philosophiae, Metáfora

Resumo

O Renascimento europeu olhou para a História como um manancial consistente e transmissor de exempla, um repositório fidedigno e inconsútil no propósito da ars bene scribendi, da enkyklios paideia, e ao serviço dos studia humanitatis na promoção da dignitas homini. Os humanistas consagraram-se, laboriosamente, à empresa de compilar ditos e aforismos em obras enciclopédicas de carácter sentencioso, conciliando a História, a Retórica, a Literatura e a Pedagogia. Frei Luís de Granada vai alinhar-se e seguir todas estas tendências e desígnios, ciente da epístola senequiana (1.6,5) Longum iter est per praecepta, breue et efficax per exemplum. Uma das preocupações mais pungentes foi escrever não apenas para a comunidade eclesiástica, mas também para os que se iniciavam nos assuntos e problemáticas da fé. No presente trabalho iremos enumerar as principais características da tratadística e da oratória granadinas, reconhecer os seus propósitos e motivações, sem subestimar as relações e as influências que construiu ao longo da vida e que condicionaram a sua produção. Iremos identificar a produção enciclopédica do autor, analisando a quantidade, a qualidade e a projecção das suas obras, nomeadamente a da Collectanea moralis philosophiae, passando em revista algumas imagens, metáforas e símiles concatenados nos conceitos de philosophia, sapientia, libertas e felicitas. 

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Publicado

31-12-2024

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N.º 13 (2024): Graça Morais e a arte de pensar o mundo

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