«Descer ao caos para desvendar o verdadeiro rosto» ? Ensaio sobre o telúrico e o simpoiético na arte de Graça Morais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.53943/ELCV.0224_73-86

Palavras-chave:

Graça Morais, Telúrico, Simpoiese, Eco-poético

Resumo

Este estudo propõe-se analisar alguns aspectos centrais da obra de Graça Morais, tomando como base as noções do telúrico, por um lado, e da simpoiese (Haraway, 2016), por outro. Defende-se que a intersecção entre o poético, o pictórico e o político na sua obra não se limita a ser um espaço de reflexão estética, mas constitui também um campo de resistência simbólica contra a alienação e a devastação ambiental e civilizacional. O ensaio descreve e interpreta dois desenhos e a instalação numa das salas da exposição Os Rituais do Silêncio (2023-2024), abordando também, de forma interdisciplinar, a obra em geral e a sua relação com uma estética da experiência eco-poética e eco-artística na contemporaneidade. 

Referências

Baião, J. (2024). Graça Morais. Os rituais do silêncio. Em: J. Baião e G. Morais. Graça Morais — Os Rituais do Silêncio [catálogo da exposição]. Centro de Arte Contemporânea Graça Morais. Bragança. pp. 7-17;

Baião, J. e Morais, G. (2024). Graça Morais — Os Rituais do Silêncio [catálogo da exposição]. Centro de Arte Contemporânea Graça Morais. Bragança;

Baltrusch, B. (2020). «A arte é o que fica na História» — O ano de 1993 de José Saramago e as ilustrações de Graça Morais. Bulletin of Hispanic Studies, 97(7): 763-788;

Baltrusch, B. (no prelo). «A arte é que transforma a sociedade» — Alguns apontamentos sobre o poético e o político em Graça Morais. Diacrítica;

Benjamin, W. (1991). Das Kunstwerk im Zeitalter seiner technischen Reproduzierbarkeit. Em: R. Tiedemann e H. Schweppenhäuser (eds.). Gesammelte Schriften. Suhrkamp: Frankfurt/Main. Vol. VII. pp. 350-384;

Bessa-Luís, A. e Morais, G. (2017). Les métamorphoses (Trad. de P. L. Costa). Fondation Calouste Gulbenkian. Paris;

Diprose, R. e Reynolds, J. (eds.) (2004). The dark gaze: Maurice Merleau-Ponty and the sense of painting. Routledge. London;

Faria, C. e Costa, J. (coords.) (2015). Graça Morais. Cenários e Figurinos [catálogo da exposição]. Câmara Municipal de Bragança/Teatro Nacional D. Maria II. Bragança/Lisboa;

Haraway, D. J. (2016). Staying with the trouble: Making kin in the chthulucene. Duke University Press. Durham;

Margulis, L. e Sagan, D. (2002). Acquiring genomes: A theory of the origins of species. Basic Books. New York;

Merleau-Ponty, M. (2014). O olho e o espírito (Trad. de P. Neves e M. E. G. G. Pereira). Cosac Naify. São Paulo;

Morais, G. (2005). Retratos e Auto-retratos/Portraits and Self-Portraits [catálogo da exposição]. Centro Cultural de Cascais/Fundação D. Luís I. Cascais;

Naess, A. (1989). Ecology, community and lifestyle: Outline of an ecosophy. Cambridge University Press. Cambridge;

Saramago, J. e Morais, G. (1987). O ano de 1993. Caminho. Lisboa;

Torga, M. e Morais, G. (2002). Um reino maravilhoso. Dom Quixote. Lisboa;

Digital

Plutarch (1936). De gloria atheniensium. Ed. F. C. Babbitt. William Heinemann. London [versão eletrómica]. Acedido em 2 de abril de 2022, em: https://www.perseus.tufts.edu/hopper/text?doc=Perseus%3Atext%3A2008.01.0235%3Asection%3Dintro.

Downloads

Publicado

31-12-2024