«como animais ungidos e empalhados na postura duma cópula ou duma presa comum a consumar»: Entre a incompreensão do outro e a potência de ser diferente
DOI:
https://doi.org/10.53943/ELCV.0124_167-181Palavras-chave:
Mulher, Animal, Liberdade, Maria Velho da CostaResumo
No romance Maina Mendes, de Maria Velho da Costa, algumas personagens femininas são repetidamente comparadas a animais. Neste ensaio, é feito um levantamento de algumas destas aproximações entre mulheres e animais, procurando refletir sobre a sua associação à procura de liberdade de Maina e Cecily, e a sua consequente resistência ao papel tradicional de mulher. Esta reflexão é feita no âmbito de alguns textos feministas, recorrendo aos conceitos de Sujeito e Outro, procurando a afirmação da diferença através da criação de outros modos de ser, apesar da incompreensão, e da consequente ameaça, que a diferença pode causar na sociedade patriarcal.
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