Sobre «arrancar a literatura do altar burguês»
DOI:
https://doi.org/10.53943/ELCV.0125_12-20Palavras-chave:
Literatura, História Social, Os supridores, José FaleroResumo
Este artigo apresenta uma reflexão a partir da proposição do crítico literário brasileiro Antonio Candido sobre a literatura como um dos direitos humanos, entendido como um direito à fabulação em última instância. Analisando a obra e as condições de vida de escritores como o autor do romance Os supridores, José Falero, discute-se criticamente algumas concepções de literatura sob a perspectiva da história social, assim como a formulação de uma perspectiva romântica do escritor como gênio criador. A abordagem desenvolvida pauta-se pelos pressupostos teóricos formulados especialmente por Raymond Williams e E. P. Thompson.
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