Devaneios e memórias escritas: Literatura como ponte para o (des)conhecido
DOI:
https://doi.org/10.53943/ELCV.0125_70-85Palavras-chave:
Gênero, Literatura, Memória, FeminismosResumo
História e Literatura são campos matizados pela criticidade. O uso de fontes literárias como instrumento de resgate de memórias sobre guerras, crises e transformações reforça o recorte no século xx. Com abordagem qualitativa, a escolha recai sobre autoras que usaram as palavras como pontos críticos Ao escrever sobre idiossincrasias e contextos, Virginia Woolf (1882-1941) e Clarice Lispector (1920-1977) — na busca por autonomia e liberdade — apontam para interpretações de memórias individuais, familiares e coletivas. Transitam entre liberdade e autonomia, transgressões entre vagas feministas e situações extremadas. A escrita de ambas salienta a noção de perspectiva sobre o desconhecido e o devir. Entre lugares e angústias transcritas em romances, contos e ensaios revelam os paradoxos de tempos vividos, além de incessantes devaneios em busca de liberdade.
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