Leitura e Literatura na infância: De uma arte humanizadora a um direito da criança
DOI:
https://doi.org/10.53943/ELCV.0125_86-99Palavras-chave:
Direitos da Criança, Literatura para a Infância, Educação Pré-Escolar, Educação LiteráriaResumo
Tomando como referência o conceito candidiano de Literatura, como arte humanizadora e direito inalienável de qualquer ser humano, este artigo tem como objetivo destacar o lugar da Literatura para a Infância enquanto instrumento de liberdade tal-qualmente essencial à criança e o momento da leitura literária como experiência livre e fruitiva inerente ao seu desenvolvimento pessoal e social — senão holístico ou integral. Encarando-a como um direito, a par da Educação, debatem-se aspetos relativos ao seu valor estético e formativo no estímulo do pensamento criativo, crítico e reflexivo dos seus potenciais recetores, bem como na sua compreensão do mundo, de si e do(s) Outro(s). Partindo de um conspecto teórico-crítico em torno desses mesmos conceitos e do potencial humanizador da Literatura, analisam-se as conceções de educadores de infância com vista à discussão dos limites e das potencialidades da leitura e da formação literária da criança desde mais tenra idade, defendendo um trabalho estruturado e uma consciencialização destes profissionais enquanto mediadores com responsabilidade quer na seleção de textos marcados por critérios de qualidade quer nas finalidades com que os propõem.
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