A Poesia, a arte, a imortalidade

Autores

  • Jorge Vaz de Carvalho Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa

DOI:

https://doi.org/10.53943/ELCV.0219_09

Palavras-chave:

Jorge de Sena, Poesia, Arte, Imortalidade

Resumo

O topos da imortalidade literária percorre a literatura desde Homero. Se toda a cultura proclama o desejo de superar a nossa condição natural, em Jorge de Sena, a par do veemente inconformismo face ao absurdo de nascermos para morrer, há uma afirmação da descrença em qualquer tipo de imortalidade. Daí a urgência no reconhecimento pelos méritos da obra incomparável de que sabe ser autor, quere-o neste mundo por, como escreve, não acreditar noutro. Mas se uma obra é essencialmente um gesto de sobrevivência, a de Sena cumpre decerto a profecia do seu verso: «Um dia nos libertaremos da morte sem deixar de morrer».

Referências

Lourenço, E. (1987). Heterodoxia I e II. Assírio & Alvim. Lisboa

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Sena, J. de. (1968, abril). Falando com Jorge de Sena. O Tempo e o Modo. 59: 409-430

Sena, J, de (1985) Post-scriptum. Imprensa Nacional-Casa da Moeda. Lisboa. 2 vols

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Publicado

17-12-2019