N.º 9 (2022): Representações do Autoritarismo na Literatura Portuguesa e Brasileira

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A literatura, tal como outras formas de arte, sempre funcionou como um instrumento de resistência, respondendo, com diversas estratégias discursivas, às manifestações de opressão, despotismo e dogmatismo de vária ordem. Sobretudo, a produção literária do século xx — século que, apesar do extraordinário progresso da humanidade em múltiplas áreas, testemunhou uma proliferação de ditaduras e regimes autoritários, conflitos armados, guerras e genocídios — ficou marcada por um forte sentido do engajamento social, cultural ou político, que se estende também para a criação literária no século xxi. Também nos países de língua portuguesa, um dos temas recorrentes da produção literária moderna e contemporânea, tem sido a crítica das arbitrariedades de governos autoritários, como é o caso do regime salazarista — que por mais de quarenta anos sufocou a sociedade portuguesa e prolongou a exploração colonial em África — e dos regimes ditatoriais estabelecidos na segunda metade do século passado no Brasil e em outros países da América Latina. O objetivo deste dossiê é apresentar algumas manifestações da reflexão crítica sobre a produção literária que aborda esta temática. Estão, portanto, aqui reunidos oito estudos que se dedicam à análise de obras de autores portugueses e brasileiros que, em diferentes épocas e por diversas formas de expressão, reagiram contra as tendências autoritárias nas sociedades lusófonas.

Publicado: 29-12-2022

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