O Natal, a alquimia, o tempo, e o espírito. Um (neo)fantástico conto de Jorge de Sena
DOI:
https://doi.org/10.53943/ELCV.0219_10Palavras-chave:
Fantástico novecentista, psicanálise jungiana, tempo, alquimiaResumo
Este artigo investiga “O urso, a Pantufa, o Quadro, e o Coronel”, conto de Jorge de Sena de 1961. Diante de uma narrativa paradoxal que nunca permite concluir sobre o que é sonho ou vigília na noite descrita do personagem, nossa crítica vê-se obrigada a adotar uma metodologia fragmentária do pensamento para levantar hipóteses de leitura para o texto. Chegamos assim, em espelhamento ao título do conto seniano que coordena quatro elementos em sua composição, a um quarteto temático que permitiria circundá-lo: as produções natalinas de Sena, os estudos psicanalíticos de Jung sobre a alquimia, a ideologia de António Ferro no salazarismo, e a distensão do tempo na narrativa.
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